??? Saiba como economizar e ter uma alimentação adequada e saudável
A alimentação está entre os principais gastos das famílias brasileiras. E como ela é muito importante para todas as pessoas, é preciso lançar mão de algumas estratégias de economia para garantir refeições adequadas e saudáveis sem pesar tanto no bolso. Apostar em algumas mudanças ajuda a evitar o desperdício de alimentos e obter comida de verdade gastando menos.
Aproveitando até o talo
Uma alimentação adequada e saudável, com base nas recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, ressalta a necessidade de darmos preferência, sempre, aos alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados. Sendo que os alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, devem ser a base da alimentação.
Não se engane pelas aparências! Quase tudo que é descartado no pré-preparo das refeições não só pode ser aproveitado nas receitas, como também fazem bem para a saúde. Cascas, talos e folhas de alimentos in natura de origem vegetal, costumam ser boas fontes de fibras e de vários nutrientes e geralmente têm menos calorias, contribuindo para a saúde e a prevenção de doenças. No caso das fibras, elas são superimportantes para o funcionamento de todo o trato gastrointestinal, que são os órgãos que compõem o sistema digestivo.
Segundo o livro Na cozinha com frutas, legumes e verduras, elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), consumir integralmente um determinado alimento representa o aproveitamento dele como um todo, removendo apenas as partes não comestíveis. É o exemplo dos talos de couve, rúcula e salsinha; folhas de beterraba, cenoura, couve-flor e brócolis; sementes de abóbora e melancia; e cascas, como por exemplo, do abacaxi, desde que estejam em bom estado para o consumo. Ou seja: está liberado comer da semente até o talo.
A única ressalva fica para alimentos que já apresentam sinais de mofo ou aparência de podridão. Nesse caso, eles podem ser descartados sem medo porque oferecem um risco à saúde. A outra observação é relacionada à limpeza dos alimentos. O consumo de cascas e talos requer uma higienização caprichada para redução de sujeiras e pesticidas. Sempre que for possível, prefira alimentos orgânicos e de base agroecológica.
Investindo em frutas, legumes e verduras da época
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, para economizar na compra de legumes, verduras e frutas, dê preferência às variedades que estão na safra – elas sempre terão menor preço. Ou seja, privilegie a compra dos alimentos da estação, pois é nesse período que esses eles estão mais frescos, nutritivos, além de mais baratos.
Comprar esses alimentos em locais onde há menos intermediários entre o agricultor e o consumidor final, como sacolões ou varejões, também pode reduzir custos. Ainda melhor é comprar diretamente dos produtores, seja em feiras, seja por meio de grupos coletivos de compras. Nesse último caso, variedades orgânicas podem se tornar bastante acessíveis.
Desenvolvendo habilidades culinárias
Se o assunto é economia, é sempre bom lembrar que fazer a própria comida sai mais barato. Quando somado à compra de alimentos in natura e minimamente processados diretamente do produtor, a redução de gastos é ainda maior. Por isso, resgatar o caderno de receitas da família pode fazer a diferença na sua alimentação e na sua vida sob vários aspectos, como o social, emocional, da saúde e, claro, econômico.
O importante é ter em mente que nesse passo a organização é sua maior aliada. Cozinhar demanda um pouco de trabalho e, portanto, a estruturação das etapas e o planejamento são elementos essenciais para que essa prática se sustente no dia a dia e evite que os alimentos não saudáveis como os ultraprocessados ganhem espaço. Planejando direitinho, é possível cozinhar em grandes quantidades, congelar em porções menores e garantir as refeições saudáveis da semana toda para a família.
Consumindo congelados do bem
Frutas, legumes e verduras previamente higienizados podem ser congelados, acelerando o processo de preparo das refeições. No caso das frutas congeladas, elas são ótimas para o preparo de sucos e vitaminas. Feijões cozidos em maior quantidade em um único dia podem ser armazenados no congelador para uso em preparações feitas ao longo da semana. O importante é separar os alimentos em potes e guardar em espaços adequados no congelador ou freezer. Não espere o alimento esfriar antes de armazená-lo na geladeira.
Outra dica boa é montar marmitas compondo uma refeição completa e conservá-las no congelador para ir consumindo no dia a dia. Aposte em um cardápio variado, colorido e saudável. Na hora de guardar, opte por potes preferencialmente de vidro sem esquecer de colocar etiquetas com o nome e a data do congelamento. E lembre-se: quando um alimento for congelado e depois descongelado, não deve ser congelado novamente. Além de interferir na qualidade, isso aumenta o risco de contaminação por bactérias e outros micro-organismos.
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