Sociedade Brasileira de Cardiologia muda o padrão de diagnóstico da hipertensão
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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou nesta sexta-feira (12/04/2024) um documento em que traz mudanças no padrão de aferição da pressão alta. Pela nova conduta, o diagnóstico definitivo de hipertensão arterial, e posterior tratamento, não deve considerar apenas os resultados obtidos nos dados de consultórios. É preciso levar em conta as verificações feitas na casa do paciente. 

— A pressão do consultório é realmente frágil. Tanto que podemos ter alguns erros na avaliação. Por exemplo, quando o paciente está ansioso ou mais preocupado com a consulta, isso faz a pressão elevar. E nessa situação em que a pressão se eleva por estresse ou ansiedade, a pressão fica alta no consultório, mas está normal em casa — explica, Audes Feitosa, coordenador do documento e membro do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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A nova conduta faz parte das Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório. O documento foi elaborado por 67 especialistas e busca orientar profissionais de saúde e pacientes sobre a forma adequada de realizar a aferição atualmente. A divulgação das recomendações ocorreu durante o 1º Encontro de Departamentos da Cardiologia, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Feitosa também aponta que houve uma mudança nos resultados que são considerados alterados. No consultório, segundo o especialista, a pressão é considerada alta quando passa de 140 por 90 (14 por 9). Já em casa, é alta a partir de 130 por 80 (13 por 8).

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— Na MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), na medição anterior, era alta a partir de 130 por 80 e, na MRPA (monitorização residencial da pressão arterial), era 135 por 85. Mas os trabalhos mostraram que o valor mais adequado para avaliar a hipertensão é 130 por 80 nos dois métodos. Então, agora, tanto na Mapa quanto na MRPA a partir de 13 por 8 já é hipertensão em casa — explica.

De acordo com Feitosa, a pressão arterial pode ser aferida em casa, no trabalho e até durante o sono com a ajuda de equipamentos automáticos. Entre as principais metodologias para se monitorar a pressão fora do consultório médico, estão a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) e a automedida da pressão arterial (AMPA).

|📸 © José Pantoja/Ascom Sespa

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