O Boletim Epidemiológico da Sífilis divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde nesta terça-feira (19), evidencia o crescimento nos casos de sífilis congênita, apresenta a taxa de detecção da bactéria e como ela está circulando na Paraíba em 2021. No mês dedicado ao combate da sífilis, o órgão alerta a população sobre os cuidados e prevenção da infecção.  

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De acordo com o boletim, até o mês de agosto de 2021, a Paraíba apresentou uma taxa de detecção de 17,2 casos/100 habitantes de sífilis adquirida. Isto reflete uma queda nas notificações com relação aos anos anteriores. Para a chefe do Núcleo de IST/AIDS da SES, Joanna Ramalho, esta redução ainda é reflexo da pandemia. 

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“Entendemos que a queda na notificação de casos se deve ao acesso da população para realizar os exames de sífilis durante o período da pandemia. Os serviços priorizaram o atendimento à covid e deixaram de realizar teste rápido nos usuários”, pontua. 

Sobre a sífilis em gestante, o boletim informa que até agosto a Paraíba apresentou uma tendência de crescimento. Este ano, a taxa de detecção de sífilis em gestante por 1.000 nascidos vivos foi de 17.8. Joanna Ramalho reforça que, quando a infecção é diagnosticada no período gravídico, é preciso intensificar as ações voltadas para qualificação do cuidado com essa gestante para evitar a transmissão para o bebê. 

O documento também apresenta os dados da sífilis congênita, em que a taxa de incidência se comportou de forma ascendente em 50% das regiões com relação aos anos anteriores. Este ano, a Paraíba apresentou uma taxa de 9.0 por 1.000 nascidos vivos. A chefe do Núcleo de IST/Aids explica que a sífilis congênita é um agravo prevenível, porém continua sendo um desafio para a saúde pública. 

“A precocidade no diagnóstico da sífilis em gestante é fundamental para o tratamento oportuno e redução da sífilis congênita”, afirma. 

O boletim epidemiológico traz ainda recomendações aos municípios com relação ao tratamento e uso de penicilina, fortalecimento de ações de testagem e do pré-natal para detecção precoce.

? © Secom-DF

Rádio Centro Cajazeiras

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