? Apesar da oferta maior, frutas da estação têm aumento de até 76% por causa de combustíveis
Além de serem mais saborosas, por amadurecem no tempo certo, sem a necessidade de uso de aditivos químicos para acelerar esse processo, as frutas da estação são conhecidas por também fazerem bem para o bolso. A estação ou época corresponde ao período do ano que é mais propício para a colheita de tudo o que foi produzido. É quando há uma grande oferta da fruta, o que, normalmente, faz os preços caírem.
No inverno brasileiro, algumas das frutas da estação são banana, mexerica, maçã, caqui e kiwi, entre outras. Neste ano, ao contrário do que se esperava, elas estão mais caras. “Um dos motivos desse aumento é o valor do combustível, usado para o transporte dessas frutas. No Brasil, tudo relacionado a hortifrúti é carregado via caminhão. Se aumenta o custo da logística, isso é repassado para o consumidor final”, avalia o economista Leandro Rosadas, que fez o levantamento de preços, a partir de encartes de quatro das maiores redes supermercadistas do Rio de Janeiro, que somam 278 lojas no estado.
A banana é a fruta que teve a maior alta, de 76% em relação ao mesmo período de 2021. Segundo Leandro Rosadas, tanto a banana quanto as outras frutas típicas do inverno deveriam estar com os preços mais baixos. “Era para essas frutas estarem mais baratas por causa da safra, mas o preço do diesel está cada vez mais caro, e isso esta faz com que esses preços aumentem”, diz o economista, que fez a pesquisa na semana de 8 de junho.
Em segundo lugar no ranking das frutas da estação que apresentam maior alta na comparação com o ano anterior está a tangerina (mexerica), com aumento de 43% no preço. Além de deliciosa, essa fruta é fonte de vitaminas e contém potássio, cálcio, ferro e magnésio, e traz muitos benefícios para a saúde. Diante do valor mais alto, uma dica para economizar é “buscar promoções no comércio, aproveitar os dias de feira e ter cuidado na armazenagem e consumo, para não perder o alimento”, orienta a especialista em educação financeira Aline Soaper.
Na pesquisa feita por Rosadas, a maçã aparece como a terceira fruta mais cara deste inverno, pois subiu 29% de 2021 para 2022. Além do alto custo dos combustíveis, também pesa no preço dos produtos alimentícios o aumento do IPCA-15 (Índice de Preços no Consumidor), que ficou em 0,69% em junho, depois de uma alta de 0,59% em maio.
O preço do Kiwi está 13% maior neste inverno, na comparação com 2021. Outra dica de Aline Soaper é aproveitar o horário da xepa na feira. “Os feirantes cobram mais barato pelas frutas menores ou com algum tipo de avaria. Elas frutas estão em perfeito estado de consumo para sucos e sobremesas, e podem ser higienizadas e congeladas para consumir posteriormente”, fala a educadora financeira.
Dentre as frutas da estação pesquisadas por Rosado, o caqui é a que teve o menor aumento no preço, 8%. Fonte de vitaminas, o caqui ainda favorece a saúde do coração, pois tem alguns compostos que ajudam a diminuir a pressão arterial e a reduzem o colesterol ruim, o LDL, do organismo. “Pior do que pagar caro é comprar e não consumir. Ter que jogar fora porque a fruta estragou é um péssimo negócio”, finaliza Aline.
? © Divulgação
Rádio Centro Cajazeiras via R7