Anderson Torres em foto de arquivo 📸 © Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Com informações do G1, Agência Brasil e Revista Forum

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal. A prisão ocorreu após ele desembarcar em Brasília, vindo dos EUA.

A prisão de Torres foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após os atos terroristas em Brasília, em 8 de janeiro.

Um novo desdobramento da investigação da Polícia Federal complica ainda mais a situação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Agentes da corporação encontraram na casa dele a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A intenção do documento era reverter o resultado da eleição que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República. A medida é considerada inconstitucional.

Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando ocorreram a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF por bolsonaristas radicais que defendem um golpe para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Moraes inclui Bolsonaro em inquérito sobre atos golpistas

Moraes inclui Bolsonaro em inquérito sobre atos golpistas 📸 © Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou na noite desta sexta-feira (13) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura a autoria intelectual dos atos antidemocráticos realizados no domingo (8) e que resultaram na invasão e depredação nos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional em Brasília.

Na decisão, Moraes entendeu que há indícios para abertura da investigação contra o ex-presidente. 

Moraes também determinou a realização de diligências, como envio de pedido de informações à Meta, empresa que administra o Facebook, para preservar o vídeo, que foi apagado, além do fornecimento de dados sobre alcance da postagem, autoria da publicação, número de compartilhamentos e de comentários. 

Por fim, o ministro deixou de analisar o pedido para o ex-presidente prestar depoimento porque Bolsonaro está nos Estados Unidos. 

Flávio Dino, Ricardo Cappelli e Celina Leão fazem balanço após atos antidemocráticos

Flávio Dino, Ricardo Cappelli e Celina Leão fazem balanço após atos antidemocráticos 📸 © Ministério da Justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o interventor de Segurança Pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, estiveram reunidos com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, nesta sexta-feira (13). O objetivo foi fazer um balanço das atividades realizadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Governo Federal após atos antidemocráticos realizados no último domingo (8), em Brasília.

“A missão que recebi do presidente Lula foi de resgatar o comando e estabilizar as forças de segurança no DF. É isso que  a gente está fazendo em sintonia com a governadora Celina Leão e com todo o secretariado do governo do Distrito Federal”, garantiu Cappelli em conversa com jornalistas.

De acordo com o interventor, o trabalho realizado até o momento é colaborativo. “A gente já avançou bastante em um trabalho em absoluta harmonia com a Polícia Civil, a Polícia Militar e com o Corpo de Bombeiros. Todos em uma postura exemplar, de forma que a situação está cada vez mais estabilizada”, destacou.

Celina Leão considerou a atuação conjunta importante para assegurar a pacificação e destacou o papel do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e da Defensoria Pública do Distrito Federal neste processo. “Há uma unidade de forças para que a gente possa superar esse momento difícil. Independente da ideologia política das pessoas, precisamos dar paz e tranquilidade para o país”, concluiu.

A linda homenagem de Lula aos trabalhadores que limparam o Palácio após terrorismo bolsonarista

Lula se reúne com trabalhadores e trabalhadoras que vêm atuando na limpeza e manutenção do Palácio do Planalto 📸 © Ricardo Stuckert

Ao longo da campanha eleitoral de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmava que as portas do Palácio do Planalto seriam novamente “abertas ao povo brasileiro”. E assim o mandatário vem fazendo. Nesta sexta-feira (13), o chefe do Executivo pediu uma conversa presencial na residência oficial para agradecer aos trabalhadores e trabalhadoras que vêm atuando na limpeza e nos reparos do local após a destruição causada por terroristas apoiadores de Jair Bolsonaro no último domingo (8). 

“De coração, muito obrigado a cada companheira, a cada companheiro, pelo trabalho que vocês fizeram. Vocês viram o que tinha acontecido aqui e tocaram o braço de vocês para funcionar, e limparam isso aqui! Eu, quando cheguei no dia seguinte, nem achava que ia estar tudo limpo, tudo bonito”,

disse Lula às equipes de limpeza e manutenção. 

“O que fizeram aqui dentro foi uma espécie de barbárie. Isso aqui é um patrimônio do povo brasileiro. Isso aqui é de cada um de vocês. A gente ocupa isso aqui de forma muito provisória. Espero que a gente consiga punir todos aqueles que fizeram o que fizeram aqui, fizeram na Suprema Corte e fizeram na Câmara dos Deputados”, declarou ainda. 

Durante o encontro, Lula tirou fotos com os trabalhadores e trabalhadoras, que se emocionaram. Há 10 anos atuando nas equipes de limpeza e manutenção do Palácio do Planalto, Francinete Soares disse estar recompensada pela oportunidade de ficar frente a frente com o presidente. “Foi a primeira vez que tive o prazer de ver o presidente de pertinho”, confessou. 

Lula, por sua vez, retribuiu: “Se preparem, eu vou voltar a conversar com vocês. Por enquanto, é só para falar obrigado, de coração. Que Deus abençoe vocês”.

Profissionais de segurança que agiram contra o golpe também são homenageados

Profissionais de segurança que agiram contra o golpe também são homenageados 📸 © Ministério da Justiça

Cerca de 40 profissionais da área de segurança envolvidos nas ações para prender os participantes dos atos golpistas do último domingo foram homenageados, nesta sexta-feira, no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Operação de Garantia da Democracia e Preservação do Estado de Direito contou com policiais federais e rodoviários federais, além de policiais militares e civis do Distrito Federal. Além deles, membros do Corpo de Bombeiros, do Sistema Penitenciário, das Defensorias Públicas da União e do DF, do Samu, da Força Nacional e da OAB, entre outros, também foram homenageados.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, lembrou que os atos golpistas têm causado prejuízos de milhões ao país. Dino defendeu que as investigações têm que ir até o fim.

O secretário-executivo do Ministério e interventor da Segurança Pública no DF, Ricardo Cappelli, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também participaram da cerimônia.

📸 © PMDF

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