Brasil pode ter recorde na safra de grãos, mas área plantada de feijão e arroz diminuiu 📸 © Gilson Abreu/AEN

Por Nara Lacerda, do Brasil de Fato

O Brasil pode fechar o ano com um novo recorde histórico na produção de grãos, segundo as estimativas mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A projeção é fortemente impactada pelos resultados de commodities como soja e milho. No entanto, o plantio de alimentos como arroz e feijão não mostrou avanços tão significativos.

Para a safra 2022/23 o volume atual está em 313,9 milhões de toneladas, 15,2% acima do registrado em 2021/22. O percentual é resultado de um acréscimo de mais de 40 milhões de toneladas em relação ao período anterior.

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Segundo o 8º Levantamento de Safra de Grãos da Conab as estimativas para o desempenho médio também preveem recorde de 4.048 quilos produzidos por hectare. A área para produção aumentou 4% e pode alcançar 77,5 milhões de hectares.

Apesar das condições climáticas desfavoráveis, principalmente no Rio Grande do Sul, a colheita finalizada da primeira safra de milho do período cresceu 8,1% e chegou a 27 milhões de toneladas. Para a segunda safra, a expectativa é de mais de 96 milhões de toneladas.

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Já a soja deve chegar a uma colheita de 154,8 milhões de tonelada, o que representa mais de 23% de crescimento em relação a safra anterior. O aumento ocorre por causa da ampliação da área plantada e da produtividade da cultura. 

Embora os resultados das duas commodities sinalizem para um recorde positivo histórico, o país perdeu área na produção de alimento. Feijão e arroz, por exemplo não tiveram dados tão substanciais. No primeiro caso, a produtividade e a produção cresceram devido as “boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra”, mas a área plantada de feijão caiu mais de 4%.

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Já o arroz pode ter safra 7,8% menor do que a anterior e teve queda de mais de 9% na área plantada. “Este resultado é reflexo principalmente da estimativa de significativa redução de área em meio à reduzida rentabilidade projetada para o setor, com a menor atratividade financeira do setor orizícola em relação às culturas concorrentes por área, como a soja e o milho”, diz o boletim da Conab.

📸 © Ari Dias/AEN

Rádio Centro Cajazeiras

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