Saúde mental das mulheres que trabalham na segurança pública será tema de debate no Senado
📸 © Francisco França/Secom-PB

Por Janaína Araújo, da Agência Senado

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o pedido de audiência pública sobre a saúde mental das mulheres profissionais da segurança pública e o impacto do assédio nos altos índices de suicídio. Ao propor o debate, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, afirmou que serão apresentados os resultados do Congresso Internacional das Mulheres Policiais, realizado em Brasília, no ano passado. O evento abordou a saúde integral na atuação e valorização da mulher policial.

Entre os convidados para a audiência citados pela senadora está Aldair Drumond, pai da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em casa em junho do ano passado. Ela havia feito denúncias de assédio moral, sexual e pressão com sobrecarga no trabalho ao Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais. A escrivã, que trabalhava na cidade mineira de Carandaí, também enviou áudios a uma amiga em fevereiro relatando episódios de perseguição, boicote e até uma tentativa de agressão física. Poucos dias após sua morte, um vídeo com Rafaela sendo xingada começou a circular nas redes sociais.
A senadora Leila Barros defendeu soluções para evitar casos como o da escrivã de Minas Gerais.

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Leila – A falta de debate aberto sobre assédio e suicídio e a insuficiência de dados sobre o tema prejudicam a gestão psicológica e dificultam a divisão de responsabilidade entre os envolvidos. É urgente discutirmos o problema com especialistas, a fim de propor soluções mais efetivas para o combate do assédio e o suicídio nessas instituições. O recente caso da escrivã Rafaela configura a repetida história que perpassa anos e décadas. Precisamos preservar essas profissionais do desgaste emocional e mental ao longo da carreira.

Dados debatidos no Congresso Internacional das Mulheres Policiais foram ressaltados pela senadora.

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Leila- Estudos apontam para a larga incidência de estresse, depressão, ansiedade, dentre outros males resultantes da violência organizacional e psicológica a que são submetidas as profissionais da segurança pública, que atuam sobre forte pressão psicológica.

Profissionais do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília e da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, além de representantes dos ministérios da Justiça, da Saúde e das Mulheres foram convidados para a audiência pública, que ainda não tem data definida.

|📸 © Helene Santos/Secom/Governo do Ceará

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