Mudanças climáticas trazem novos desafios para uso racional da água
📸 © Edilson Rodrigues/Agência Senado

Como parte do ciclo de debates de avaliação da política de saneamento no Brasil, a Comissão de Meio Ambiente discutiu com especialistas os desafios para o uso racional da água. A falta de saneamento foi apontada como um dos problemas que impactam diretamente na qualidade da água disponível; bem como a ausência de uma articulação entre as políticas de saneamento e de gestão de recursos hídricos no país.   

O representante do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Alexandre Saia, anunciou investimentos tanto em infraestrutura hídrica para a distribuição de água; quanto na revitalização de bacias hidrográficas, para garantir que haja água para ser distribuída:

Alexandre Saia (MIDR): “R$ 11,3 bilhões em relação à infraestrutura hídrica que, realmente, vão atender grandes cidades onde a criticidade, a escassez hídrica, tem afetado a população. E, por outro lado, o PAC também está trazendo esse investimento de R$ 4,3 bilhões em ações de recuperação ambiental.”

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Durante a audiência, perguntas enviadas pelo portal e-cidadania foram respondidas pelos debatedores. Uma delas foi da internauta Analyz Pessoa, da Bahia. Ela perguntou se há previsão de políticas de incentivo ao uso racional da água por grandes consumidores, como indústria e agronegócio. O representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Anderson Felipe Bezerra, respondeu, dizendo que, em um cenário de escassez hídrica, a prioridade deve ser dada à garantia de fornecimento de água para as pessoas e para os animais. Para ele, as mudanças climáticas podem trazer duas consequências para as quais o país deve estar preparado: o aumento dos conflitos por água e a maior frequência de eventos extremos.

Anderson Bezerra (MMA): “O que nos preocupa, com a mudança climática, é, realmente, o aumento dos conflitos pelo uso da água e esses eventos extremos. Não à toa, no Norte do país, agora, a seca histórica. No sul do país, secas com chuvas intensas logo em seguida, com destruição e perda de vidas. Então, esses eventos estão cada vez mais frequentes, mais extremos, e a gente precisa se precaver com políticas públicas para enfrentar esse desafio, que é muito grande.”

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As contribuições dos participantes das audiências da Comissão de Meio Ambiente sobre saneamento serão aproveitadas pelo senador Confucio Moura, do MDB de Rondônia, que apresentará na primeira quinzena de dezembro o seu relatório com sugestões de aprimoramento da política pública: Para que a gente possa fechar, no dia 12 de dezembro, nosso relatório de avaliação das políticas de saneamento.

A audiência contou também com a participação de representantes da Agência Nacional de Águas e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

|📸 © Renato Alves/Agência Brasília

Rádio Centro Cajazeiras

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