? Saiba quanto Cajazeiras, Sousa, Pombal e Patos receberão de FPM e quais estão bloqueados
As prefeituras vão receber, nesta sexta-feira (20), cerca de 44% a mais na segunda parcela de agosto do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) do que receberam no mesmo período do ano passado.
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Sete municípios paraibanos estão na lista de repasses bloqueados (veja a lista a baixo), enquanto as principais cidades do Sertão receberão Cajazeiras e Sousa cada R$ 306.606,13; Pombal R$ 204.404,00 e Patos R$ 408.808,25.
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Em 2020, o repasse aos cofres municipais no segundo decêndio do mês totalizou R$ 620,4 milhões, já com o desconto dos 20% do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Este ano, a transferência aos municípios ultrapassa os R$ 894,3 milhões.
Segundo Alexandre Rocha, professor de Economia do Ibmec Brasília, a variação positiva do repasse entre 2020 e 2021 pode ser explicada pelo aumento da inflação e pela recuperação da economia, fatores que impactam diretamente a fonte dos recursos que compõem o Fundo.
“É importante enfatizar que o FPM é alimentado pelo Imposto de Renda e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados. Portanto, ele é muito afetado pelas situações do ciclo econômico e, também, pela inflação. Então, se a economia está se recuperando, se a inflação está subindo, o IR e o IPI estão subindo junto e, com isso, você tem uma maior transferência de recurso para os municípios”, avalia.
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o FPM é a principal fonte de receita de grande parte das cidades. Em São Leopoldo, que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, os repasses do Fundo representam 20% da receita do município.
Ary Vanazzi, prefeito de São Leopoldo e presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), destaca que o FPM distribui em torno de 18% da arrecadação nacional com impostos às cidades, mas que o montante não é suficiente. Segundo ele, as prefeituras se movimentam para pleitear uma parcela maior junto à União.
“Nós achamos que o ideal seria os municípios terem em torno de 25% a 26% dessa receita na sua distribuição e não apenas 18% como é hoje, por causa da ampliação dos serviços e das responsabilidades dos municípios na execução das políticas públicas, tanto a nível municipal como a nível de região também”, destaca.
O economista Alexandre Rocha explica que o FPM é de particular importância para os municípios de pequeno porte. “Eles têm bases tributárias próprias muito pequenas, muitas vezes próximas de zero. Então, é por meio da participação na arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados que as prefeituras, especialmente as pequenas, têm recurso para poder cumprir as suas funções administrativas e sociais”, enfatiza.
Alta na arrecadação
De acordo com a CNM, o resultado para o segundo decêndio de agosto mantém a tendência de alta nos repasses observada ao longo do ano. Entre janeiro e os primeiros dez dias de agosto, o valor transferido aos municípios cresceu 34% em relação ao mesmo período de 2020. Com a inflação, a alta é de 25,5%.
Apesar dos índices positivos, a equipe de estudos técnicos do órgão pede “prudência aos gestores municipais, uma vez que entre julho e outubro os repasses costumam diminuir significativamente”, ao contrário do que ocorre no primeiro semestre.
Bloqueio
Os gestores municipais devem ficar atentos, pois se não estiverem com as obrigações junto à União em dia poderão ter o repasse congelado nas contas bancárias.
De acordo com a CNM, os principais motivos para bloqueio do FPM são: ausência de pagamento da contribuição ao Pasep, débitos com o Instituto do Seguro Social (INSS) e com a inscrição da dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), além da falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops).
Para desbloqueio do repasse, o município deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a pendência. Vale lembrar que não há “sequestro de recursos”. Após a regularização, o município recebe o que é seu por direito.
Confira a lista dos municípios com repasses bloqueados, de acordo com a STN.
- Boa Vista do Ramos (AM)
- Coari (AM)
- Iuiú (BA)
- Macajuba (BA)
- Pintadas (BA)
- Sátiro Dias (BA)
- Sento Sé (BA)
- Sítio do Mato (BA)
- Caucaia (CE)
- Cezarina (GO)
- Santa Bárbara de Goiás (GO)
- Altamira do Maranhão (MA)
- Lajeado Novo (MA)
- Frei Inocêncio (MG)
- Inhaúma (MG)
- Manhuaçu (MG)
- Patrocínio do Muriaé (MG)
- Ribeirão das Neves (MG)
- Sete Lagoas (MG)
- Altamira (PA)
- Anajás (PA)
- Curuca (PA)
- Santarém Novo (PA)
- Senador José Porfírio (PA)
- Alagoa Grande (PB)
- Caldas Brandão (PB)
- Camalaú (PB)
- Ingá (PB)
- Itabaiana (PB)
- Piancó (PB)
- Serra Grande (PB)
- Baixa Grande do Ribeiro (PI)
- Campo Grande do Piauí (PI)
- Colônia do Gurguéia (PI)
- Ilha Grande (PI)
- Simões (PI)
- Araucária (PR)
- Petrópolis (RJ)
- Brejinho (RN)
- Rorainópolis (RR)
- Charqueadas (RS)
- Pinto Bandeira (RS)
- Santo Amaro da Imperatriz (SC)
- Carmópolis (SE)
- Maruim (SE)
- Porto da Folha (SE)
- Salgado (SE)
? © Joel santana Joelfotos/Pixabay
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