É praticamente impossível não estar conectado em alguma rede social ou e-mail atualmente, tanto para fins pessoais quanto para os profissionais. Em fevereiro deste ano, o WhatsApp atingiu a marca de 2 bilhões de usuários cadastrados, tornando-se a segunda plataforma de mídia social do mundo a alcançar o feito.

No entanto, junto aos avanços tecnológicos vêm também a escalada dos crimes cibernéticos, que têm se tornado cada vez mais recorrentes, fazendo milhares de usuários de redes sociais como vítimas. De acordo com o Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados 2020 (DBIR 2020, na sigla em inglês), da Verizon, 32 mil ataques foram reportados em 2019, em 81 países monitorados.

Especialistas na proteção do usuário contam que os golpes relacionados ao mundo virtual crescem cerca de 30% ao ano e se tornaram mais comuns no auge da pandemia da Covid-19, quando as pessoas ficaram reclusas, sem contato físico com amigos e parentes e passaram a usar mais as redes sociais. Foi nesse momento que os golpistas encontraram uma brecha para agir.

O diretor de operações da Apura Cyber Intelligence e mestre na área de segurança cibernética, Mauricio Paranhos, explica que essa estratégia é usada para aplicar vários golpes. O mais comum é a clonagem do número de telefone dos usuários desses aplicativos assim que eles clicam em links desconhecidos.

A partir daí, os fraudadores têm acesso à lista de contatos das vítimas e enviam mensagens se passando por elas pedindo dinheiro, muitas vezes com o argumento de que estouraram o limite de transferências diário e precisam da ajuda dos amigos para fazer um pagamento importante. Eles simulam uma conversa com as vítimas e se comprometendo a devolver a quantia no dia seguinte.

Dicas para se proteger dos ataques cibernéticos:

– Certifique-se da origem da mensagem. Ligue para a pessoa que está pedindo a quantia ou parentes próximos dela para ter certeza;
– Não clique em links desconhecidos, ou sobre os quais não se tenha certeza de que não se tratam de iscas ou armadilhas, seja por SMS, Whatsapp ou e-mail;
– Evite também clicar em e-mails suspeitos – como os de redefinição de senhas que não foram solicitadas – e tenha cuidado com os anexos;
– Tenha senhas fortes e diferentes. “Quando as senhas são iguais, se acontece o vazamento de uma delas, todos os acessos são comprometidos”, explica o diretor da Apura Cyber Intelligence.
– Nunca forneça dados pessoais sem que tenha certeza e segurança de que o interlocutor se trata de fonte segura;
– Tenha cuidado ao informar dados pessoais em sites de anúncios de venda. “Os fraudadores monitorando aquelas informações e entram em contato simulando fazer parte da área de antifraude daquela empresa e mandam um código falso de confirmação”, conta Paranhos;
– Desconfie de mensagens com promessas de ganhos ou em tom alarmista;
– Preste atenção aos detalhes: confira se a descrição de endereços de empresas ou logomarcas nos conteúdos das mensagens correspondem ao nome e logos corretos da instituição. As diferenças costumam ser sutis;
– Quando utilizar um QR Code para pagamento ou doação, verifique se o código vem de um site ou live oficial.

O que fazer quando se é vítima:

Tanto a coluna Claudia Meireles quanto Clayton, Maria Eduarda e Milena usaram as redes sociais para relatar os casos e diminuir os danos, evitando que outros contatos fossem prejudicados transferindo dinheiro para as quadrilhas envolvidas. Eles também entraram em contato com o suporte de segurança do aplicativo para a suspensão imediata e restauração futura da conta.

O advogado da ANPPD explica que é importante informar as autoridades sobre o crime e registrar um boletim de ocorrência, pois até que parem, os golpes estarão sendo feitos no nome do dono da conta do aplicativo e ele poderá ser responsabilizado por eles.

“Daí para frente, o que acontecer com esse número, eu não sou mais responsável. O problema mais complicado nesse caso é a demora de detectar de onde partiu o golpe, por isso, é preciso contar com a ajuda das autoridades”, destaca.

Via Metrópoles

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